
Como as brincadeiras podem ajudar na formação das crianças
em 14 de outubro de 2022
Todo adulto já foi criança e teve uma brincadeira preferida. Qual foi a sua?
Além da diversão, a brincadeira traz diversos benefícios físicos, psicológicos e sociais para o desenvolvimento da criança.
É importante a criança brincar?
O ato de brincar não pode ser entendido apenas como um momento de descontração, mas sim um momento em que a criança tem a possibilidade de experimentar o mundo e as suas próprias capacidades, aprender sobre as regras da brincadeira e a convivência com o outro.
Por meio da brincadeira, a criança descobre o mundo no qual está inserida, descobre suas habilidades e seus pontos fracos (aspecto motor, de linguagem ou social).
A criança ainda conquista a autonomia, lida com seus sentimentos e aprende sobre a maneira que ela encara a relação ganhar-perder quando em uma competição. Também desenvolve raciocínio, atenção, concentração, tática de aprendizagem e o lúdico.
Consequências positivas de poder brincar
A seguir serão mencionadas algumas brincadeiras e como elas contribuem para o desenvolvimento infantil:
- Amarelinha – consciência corporal, equilíbrio para saltar e para se manter firme com apenas um pé tocando o chão, seguir a regra do jogo, competição saudável.
- Fantoches – o faz de conta desenvolve a criatividade, oralidade, expressão artística, expressão de sentimentos, interação ou o brincar sozinho. O improviso proporciona a rapidez de raciocínio e o brincar livre.
- Massinha e tinta – estimula o sentido do tato, a imaginação, a atividade motora fina (atividade em que os membros superiores são trabalhados: braços, mãos e dedos), a sensibilidade e as cores.
Como a BNCC se posiciona quanto ao brincar?
A BNCC — Base Nacional Comum Curricular — é um documento de abrangência nacional que define as aprendizagens que serão centrais para que os alunos se desenvolvam. Essas aprendizagens se dividem de acordo com a etapa da educação básica a que cada aluno pertença.
No site do Ministério da Educação (MEC), a BNCC apresenta, na etapa da Educação Infantil, 6 direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Um deles é o brincar:
“brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (adultos e crianças), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais”.
No Ensino Fundamental, a BNCC menciona, em relação à Educação Física:
Conforme a BNCC, ao jogar, dançar, brincar, ou praticar ginásticas, esportes e/ou atividades de aventura: “para além da ludicidade, os estudantes se apropriam das lógicas intrínsecas (regras, códigos, rituais, sistemáticas de funcionamento, organização, tática, etc.) a essas manifestações, assim como trocam entre si e com a sociedade as representações e os significados que lhes são atribuídos.”
Como o mundo e a sociedade brasileira entendem o brincar?
Em 1959, a Declaração Universal dos Direitos da Criança considerou o brincar um direito da criança e foi aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Depois, essa temática foi reforçada pela Convenção dos Direitos da Criança em 1989.
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990, em seu artigo 16, inciso IV assegura que o direito à liberdade compreende o brincar, praticar esportes e se divertir.
Sendo assim, já deu para perceber que o brincar é coisa séria. Não é uma atividade para distrair a criança, é um direito e é importante para a formação das crianças.