
O que é a Educação Incidental?
A educação pode ser dividida em pelo menos dois grandes guarda-chuvas: educação formal e educação informal.
Enquanto a educação formal pode ser definida como a que se realiza pelos meios tradicionais de ensino (escolas), a informal pode acontecer a qualquer momento, no ambiente cotidiano das pessoas. São momentos que surgem espontaneamente e podem ser aproveitados na aprendizagem de alguma habilidade ou obtenção de algum conhecimento. Esta educação, diferente da formal, não está comprometida com metas e resultados quantificáveis.
A chamada educação incidental está contida na educação informal. Para saber mais sobre este assunto, continue lendo!
O que é a educação incidental?
Educação incidental é a que procura levar o ambiente da criança e seus interesses para a sala de aula, a fim de que ocorra, de forma intencional, algum aprendizado.
O meio mais comum de se alcançar este objetivo é selecionar brinquedos, conforme os interesses e gostos da criança, para serem colocados numa sala de aula. A criança entra na sala e um adulto inicia a interação, perguntando o que ela quer dali. Quando ela aponta algum objeto, inicia-se uma aprendizagem, pois o adulto pode pegar o objeto e entregá-lo para a criança se ela pedir de uma forma considerada adequada.
Isto pode ir desde ensinar o nome de algum objeto, a falar uma frase completa ("Você pode me dar esse cavalinho, por favor?"), e até a empregar o "por favor", por exemplo.
Quem pode se beneficiar desta abordagem?
Primeira infância
A educação incidental costuma ser indicada para crianças em fase pré-escolar com certa dificuldade para a aquisição da linguagem ou de habilidades sociais simples, tenham elas necessidades especiais ou não. Um dos públicos que mais se beneficia com isto são as crianças autistas, que costumam ter várias dificuldades nestes dois campos. Mas, como veremos a seguir, crianças mais velhas também poderão tirar vantagem da educação incidental.
Para pessoas mais velhas
Levando em conta que este tipo de educação foca em interesses específicos do educando, na verdade não há idade para que alguém seja exposto a ela e aprenda algo.
No caso de crianças mais velhas, temas pode ser levados para a sala de aula a partir de brincadeiras ou de notícias da mídia, por exemplo, e incentivar que elas desenvolvam projetos de pesquisa e até debates, o que as ensinará, de forma que elas não percebam, a consultar diferentes fontes (competência acadêmica), desenvolver argumentações (competência acadêmica e social) e escutar as dos colegas com respeito (competência social).
Ou seja, conforme a idade avança, os estímulos não precisam necessariamente ser concretos (podem ser simbólicos) e as habilidades aprendidas vão ficando mais complexas. De qualquer forma, todas elas são muito importantes para uma melhor convivência em sociedade.
Para adultos já na faculdade ou no ambiente de trabalho, a mesma coisa pode valer, embora aqui os interesses provavelmente sejam mais restritos à área de estudo ou de atuação profissional.
O essencial na abordagem da educação incidental é que sejam momentos propositalmente criados para despertar o interesse das pessoas no ambiente para que, assim, elas acabem aprendendo alguma coisa por meio da interação tanto com o próprio ambiente quanto com as outras pessoas que estão nele.
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